O corpo
do cantor e compositor Genival
Lacerda, que morreu
aos 89 anos em decorrência de complicações da Covid-19, foi
enterrado nesta quinta-feira (7) no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, conhecido
como Cemitério do Monte Santo, em Campina Grande, cidade onde o músico nasceu.
Foi recebido por um trio de forró pé-de-serra que tocava músicas do artista.
O
corpo do artista saiu de Recife às 15h30 e chegou à Paraíba por
volta das 18h45. Ele foi recepcionado por fãs que o aguardavam na entrada do
município. Algumas das principais ruas da cidade foram tomadas pela comoção da
despedida, que, para muitos, aconteceu durante o cortejo fúnebre.
A
consternação era visível entre os pedestres, que à distância acompanhavam a
passagem do cortejo. E era acompanhada pelas buzinadas de veículos. Fruto do
luto que tomou conta da música paraibana e nordestina.
O
percurso pela cidade foi rápido. Durou menos de meia hora. Passou pela Avenida
Brasília, localizada na entrada de Campina Grande, e de lá seguiu para as
estátuas de Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, no Açude Velho, cartão postal
da cidade.
Depois
foi ao Parque do Povo, local que centraliza os festejos juninos da cidade e que
foi palco para inúmeras demonstrações de talento de Genival. Antes de ir ao
cemitério, os veículos também passaram ao lado do Calçadão da Cardoso Vieira,
no Centro de Campina Grande. Todos esses eram locais que o cantor gostava de ir
quando visitava sua cidade natal.
A equipe
do Corpo de Bombeiros seguiu com a homenagem até o cemitério, situado a pouco
mais de três quilômetros da casa onde ele nasceu, onde atualmente fica a Feira
Central do município.
Muitas
pessoas aguardavam para dizer adeus ao cantor. Um corredor de artistas
paraibanos se formou na entrada do local, estando entre eles nomes como Gitana
Pimentel e Biliu de Campina. Eles receberam o artista com música e disseram que
Genival seguirá sendo fonte de inspiração para a cultura nordestina.
Não houve velório devido aos protocolos de prevenção à Covid-19, mas o enterro atrasou um pouco porque os familiares esperavam a chegada de uma das filhas do artista. Quando o corpo do paraibano cruzou o portão do cemitério, apenas a família e a imprensa teve acesso. Ficou restrito a essas poucas pessoas o adeus derradeiro, mesmo que o caixão tenha permanecido lacrado durante todo o tempo.
G1
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